Sua extensão revela que levará mais tempo do que imaginávamos atravessá-lo.
Levará o tempo que reconheceremos erros, desconhecendo a duração...
Árido, solitário, infindável... região despovoada e estéril.
Um lugar onde abastecemos nossa prórpia cisterna... onde tudo vem de nós
para nós mesmos.
Onde a voz ecoa na alma e o grito ressoa no vento e se esvai.
A exposição ao sol e sua extrema claridade, confunde, limita o caminhar e
revela impotência...
O vento da tarde, obscurece os olhos e nos faz parar, qualquer expectativa
de seguir em frente e buscar um novo caminho... decepciona e machuca.
A noite e fria, escura, longa e não há como se proteger, não há abrigo...
Mas ele existe e alguns terão que passar por ele e atravessá-lo, e isso não
é uma questão de escolha, ou nos perderemos em suas areias finas e frias...
Cada "eleito" que transpoe o deserto consegue alcançar estratégias de sobrevivência
e tática, únicas... reveladas pelo Espirito Santo.
Talvez seja o motivo pelo qual se torna imprescindível a maturidade espiritual
e o relacionamento com Deus... Mas esta travessia é para poucos.
É o tempo em que nos voltamos para nós mesmos, que refletimos sobre nossas
vidas, sobre o tempo perdido... e aprendemos a conviver e gostar de conviver
com o que somos... quando não, é a oportunidade de mudanças, de se permitir
uma nova história... e acima de tudo, reconhecer e aceitar a DEPENDÊNCIA DE
DEUS E ÚNICAMENTE DE DEUS!
Nele, somos tentados... nele, somos testados... nele, somos perseguidos...
MAS DELE, SOMOS RESTITUIDOS SOBRENATURALMENTE.
O Deserto é um privilégio e poucos são os que aceitam passar por ele, respeitando-o
como curso de vida... como o maior de todos os aprendizados.
Tentar abreviá-lo é infrutífero.
Vivê-lo é acreditar que só os que foram capacitados sairão dele vencedores!
Deserto lugar estéril de rara e divina florescência.
MM
Out/2012
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