domingo, 9 de novembro de 2014

OS JUIZES


A única verdade que é absoluta é a certeza de que não existe absoluta verdade!

Pondero quando vejo alguém analisar, julgar e sentenciar o outro.

E me torno julgadora também, quando percebo que minha forma de ver não é universal e que mesmo tentando me manter emocionalmente equilibrada, encontro o desequilíbrio no exercício do relacionamento e no conflito consciente ou inconsciente com o outro.

Não há como querer transmitir nenhum tipo de experiência ou ensinamento quando não se vivenciou o que levaria a necessidade, mais que a vontade de mudar.

Noto que algumas pessoas se colocam em posição de juízes quando a condenação está sobre a vida delas na necessidade de apontar em julgamento, e por vezes condenar!

Já ouvi que quando insistimos em resgatar um relacionamento, não é por amor aos envolvidos mas sim pela necessidade de repor o que ficou faltando no convívio. E que essa doação tem a única função de suprir o que não se obteve do outro.

Penso de forma contrária!

Penso que quando desisto do outro é pela certeza de que não obterei nada de volta e o investimento se torna desnecessário. Portanto o que difere nas atitudes é que; uma é doação, e vem livre de recompensas e a outra é a consciência da insuficiência do outro transformada em sentença definitiva e irreversível.

Mas, o que leva uma pessoa ser tão cruel com ela mesma? Se eu não dou ao outro a possibilidade de mudança ou de conscientização do que para mim representou, perda, erro ou ausência, estarei negando a reparação das minhas próprias emoções também!

Em geral boicotamos o confronto com o nosso eu, usando estratégias de defesa comuns que inconscientemente nos fazem permanecer na ilusão da razão absoluta e na convicção das nossas percepções!

Quando a única percepção unificada deve ser aquela que usamos para a excelência à ser aplicada no trabalho em prol do Reino de Deus!

O que diz respeito ao universo de cada ser humano só cabe a Deus, que perscruta os corações, julgar.

Exercitar o respeito a individualidade, a singularidade de cada eu, é respeitar a história que Deus, soberanamente, conhece, interfere, permite e define quando, absolutamente, no seu querer e no seu realizar, rege! Para tanto Ele é o JUSTO JUIZ e o AUTOR DA VIDA!

Portanto:

“Todo dedo que aponta em acusação, voltado para si encontra uma condenação!”
Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

MM
Nov/2014

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