A única verdade que é absoluta é a certeza de que não existe
absoluta verdade!
Pondero quando vejo alguém analisar, julgar e sentenciar o
outro.
E me torno julgadora também, quando percebo que minha forma
de ver não é universal e que mesmo tentando me manter emocionalmente
equilibrada, encontro o desequilíbrio no exercício do relacionamento e no
conflito consciente ou inconsciente com o outro.
Não há como querer transmitir nenhum tipo de experiência ou
ensinamento quando não se vivenciou o que levaria a necessidade, mais que a
vontade de mudar.
Noto que algumas pessoas se colocam em posição de juízes quando
a condenação está sobre a vida delas na necessidade de apontar em julgamento, e
por vezes condenar!
Já ouvi que quando insistimos em resgatar um relacionamento,
não é por amor aos envolvidos mas sim pela necessidade de repor o que ficou
faltando no convívio. E que essa doação tem a única função de suprir o que não
se obteve do outro.
Penso de forma contrária!
Penso que quando desisto do outro é pela certeza de que não
obterei nada de volta e o investimento se torna desnecessário. Portanto o que
difere nas atitudes é que; uma é doação, e vem livre de recompensas e a outra é
a consciência da insuficiência do outro transformada em sentença definitiva e
irreversível.
Mas, o que leva uma pessoa ser tão cruel com ela mesma? Se
eu não dou ao outro a possibilidade de mudança ou de conscientização do que para
mim representou, perda, erro ou ausência, estarei negando a reparação das
minhas próprias emoções também!
Em geral boicotamos o confronto com o nosso eu, usando estratégias
de defesa comuns que inconscientemente nos fazem permanecer na ilusão da razão absoluta
e na convicção das nossas percepções!
Quando a única percepção unificada deve ser aquela que
usamos para a excelência à ser aplicada no trabalho em prol do Reino de Deus!
O que diz respeito ao universo
de cada ser humano só cabe a Deus, que perscruta os corações, julgar.
Exercitar o respeito a individualidade, a
singularidade de cada eu, é respeitar a história que Deus, soberanamente, conhece,
interfere, permite e define quando, absolutamente, no seu querer e no seu
realizar, rege! Para tanto Ele é o JUSTO JUIZ e o AUTOR DA VIDA!
Portanto:
“Todo dedo que aponta em acusação, voltado para si encontra
uma condenação!”
Que o Senhor tenha misericórdia de nós!
MM
Nov/2014